Por Aristides Barros / Foto: Reprodução
O resultado das recentes eleições presidenciais na Colômbia, juntado aos pleitos ocorridos no Chile, Argentina e México e a permanência do chavismo na Venezuela, dão uma espécie de “prévia” do que pode ocorrer na eleição presidencial brasileira, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera em todos as pesquisas, realizadas por institutos de opinião pública.
A eventual vitória do petista, que assombra Jair Bolsonaro e os bolsonaristas, já bateu o nível de paranoia. Eduardo Bolsonaro – o número 1 do clã, o pai é um zero à direita, anuncia via redes sociais a necessidade de abrir frentes de defesa contra o avanço da esquerda, ação que, para ele, tem de acontecer não só no Brasil, mas em toda a América, quiçá no mundo e em todo o universo. Paranoia não tem limites.
Fato é que para impedir a vitória de líderes que estão à esquerda, perante a visão e concepção belicista bolsonarista, quem se voluntariar à guerra das urnas primeiramente tem que eliminar o eleitor, que é o principal espectro dessa luta por mais liberdade e menos imbecilismo. Ele é que dá as vitórias aos candidatos. E ele são muitos.
Os imbecis também ainda são muitos, mundo a fora – fiquemos só na América do Sul – onde diminuíram progressivamente. No Brasil, a redução é drástica já desde o início de 2019 quando foram dados os primeiros sinais de que apostar em Bolsonaro foi um erro. O que era dúvida ontem e é certeza hoje vai ser relatada nas urnas depois de 2 de outubro.
A saída de Bolsonaro do lugar onde nunca deveria ter entrado vai abrir espaço para uma América do Sul livre, oxigenada. Depois disso fica mais fácil saber para onde vamos e o que vamos fazer, sem entrar no contexto direita ou esquerda, elementos secundários para uma luta que precisa ter trégua. O que é certo, sério e necessário, é que o país vai precisar muito de um presidente.