Comentário do vereador de Poá ocorre diante da decisão da prefeitura em distribuir kits escolares de alimentação
Por Lailson Nascimento
A Prefeitura de Poá determinou, no final da tarde de sexta-feira (17), a mudança do fornecimento de alimentação escolar durante o período de quarentena por conta da pandemia do novo coronavírus. A decisão vem após pressão popular em torno do polêmico sistema de distribuição de marmitex aos 16 mil estudantes em apenas seis pontos de distribuição na cidade.
O vereador Saulo Souza (Avante), que já havia encaminhado representação com pedido de liminar ao MP-SP (Ministério Público de São Paulo) para que a prefeitura encontrasse alternativa de distribuição dos alimentos, comemorou a decisão governamental, mas ponderou que o caso só será encerrado quando a comida chegar às mesas dos poaenses.
“A gente acredita que é importante essa decisão de recuar dessa proposta, mas a vitória completa vai vir quando chegar o cartão vale-alimentação para todos os alunos ou a cesta básica para cada um deles”, comentou Saulo Souza. “Os encaminhamentos jurídicos já foram tomados. Agora está nas mãos da promotoria para entender se eventualmente algum transtorno foi causado e os responsáveis deverão assumir as responsabilidades”, completou.
Entenda o caso
Nesta semana a prefeitura distribuiu marmitex a quem se sujeitou às filas formadas em frente aos seis pontos de distribuição. Depois de críticas e da ação do vereador Saulo Souza, a gestão municipal voltou atrás.
De acordo com o que foi adiantado pela prefeitura haverá o fornecimento de kits de alimentação escolar. Ainda segundo a nota oficial, “a administração municipal adotará, com urgência, todos os procedimentos administrativos necessários para aquisição dos referidos gêneros alimentícios.”
Em uma live no Facebook, o prefeito Gian Lopes (PL) chegou a admitir que “havia copiado o modelo de Santana do Parnaíba”, e acrescentou que vai anunciar a forma como os kits serão distribuídos nos próximos dias. A quantidade de kits entregues a cada família se dará conforme o número de crianças matriculadas na rede municipal, isto é, para dois irmãos, dois kits, e assim sucessivamente.