Caso aconteceu em 2016 e teria sido motivado por vingança pela morte de um colega do acusado
Da Redação / Foto: Daniel Carvalho
Nesta quinta-feira (4), o fórum do distrito de Braz Cubas deu início ao julgamento por júri popular de Rodrigo Gonçalves de Oliveira, 41, que é acusado de assassinar cinco jovens e desovar os corpos em um sítio de difícil acesso em Mogi das Cruzes. Rodrigo pertencia à Guarda Civil Metropolitana de Santo André e, segundo a acusação, teria cometido os crimes para vingar a morte de um colega.
O caso ocorreu em 2016 e vitimou Jonathan Moreira Ferreira, Cesar Augusto Gomes Silva, Caíque Henrique Machado Silva, Robson Fernando Donato de Paula e Jones Ferreira Januário, todos moradores da região de Sapopemba. Eles eram suspeitos de cometer um latrocínio contra um outro guarda andreense, o que teria motivado o acusado a cometer os justiçamentos.
Quatro das cinco vítimas possuíam antecedentes criminais, os delegados que participaram da investigação acerca do latrocínio afirmaram que eles “eram roubadores contumazes”.
Segundo o Ministério Público, Rodrigo criou um perfil falso nas redes sociais para atrair as vítimas a uma festa em Ribeirão Pires que nunca teria sido realizada. O acusado não nega isso, mas alega não ter participado dos assassinatos, que fez sim o convite aos então suspeitos, mas eles nunca apareceram.
Durante as investigações, ele queimou celulares e notebook, mas ele diz que isso foi feito por sua esposa durante uma crise no relacionamento.
Em seu depoimento, disse que soube dos desaparecimentos pela televisão, mas teria cometido os crimes caso os jovens caíssem na emboscada. Sobre a motivação, disse não era próximo do guarda morto, mas é “viciado em investigar crimes” e que queria “levar a honra de ser um guarda que resolveu o crime de outro guarda”.
Até o fechamento desta reportagem, não há notícia sobre a sentença, apenas que a defesa do guarda afirmou que está confiante na confirmação da inocência dele.