Fundadora do movimento nacional ‘Vai Ter Mulher Sim’, jornalista tentará vaga na Câmara de Mogi
Por Lailson Nascimento / Foto: Divulgação
Da insatisfação com o desrespeito de seu antigo partido durante a candidatura a deputada estadual, nas eleições de 2018, a ativista política Alessandra Shimomoto (PL) abriu uma janela de oportunidades para mulheres de todo o Brasil: fundou o movimento suprapartidário ‘Vai Ter Mulher Sim’. Com mais de 300 mulheres participando ativamente, com muitas delas sendo pré-candidatas nessas eleições, o próprio coletivo devolveu a responsabilidade a Shimomoto, que no dia 4 teve a candidatura à vereadora de Mogi das Cruzes confirmada na convenção do Partido Liberal.
Pedagoga, jornalista, especialista em política e em mídias sociais, formada pelo Renova BR, além de única líder cívica do Movimento Acredito no Alto Tietê, ela concedeu uma entrevista no programa Política Se Discute, transmitido ao vivo no Facebook da GAZETA, e defendeu a importância da presença feminina nos espaços de poder, “seja na questão política ou em qualquer outro espaço”, como define.
“O movimento não quer saber da ideologia ou do partido. A gente ajuda mulheres, pois acreditamos que quando o assunto é mulher, políticas públicas para mulheres, deve-se deixar ideologias de lado e a gente se unir. Para fazer políticas públicas para mulheres, tem que ser mulher. Um homem não vai debater em plenário sobre creche para o seu filho, porque ele não vai entender a sua necessidade, a sua dor. A mulher entende”, defende.
Shimomoto também antecipa que um eventual mandato seu estará ligado às pautas mais ligadas aos temas sociais.
“O meu lado progressista, de querer políticas públicas para as minorias, os menos favorecidos. Eu digo que se as pessoas não conseguem ter o mínimo de dignidade, que é ter água, esgoto, energia, casa para morar, pra mim a cidade não está dando certo. Mogi é a 25ª melhor cidade para se viver, mas no Centro e nos bairros nobres. [Mas] Mogi também tem o entorno que está preocupante, não adianta falar que não. A gente tem que verificar que Mogi é para todos realmente, e não só para uma parcela. Hoje costumo dizer que Mogi é direcionada para a elite. Às vezes a criança da periferia tem só a rua para brincar”, conclui.